
Gosto de Pessoas, sempre gostei. Das que ficam quietas no canto da sala, das que ocupam o espaço todo, que ninguém cala. Das que sorriem de boca cheia e das que choram a cada cotovelada. Das que ficam na festa até ao fim, das que saem antes sorrateiras pela calada. São fascinantes, seres cambiantes. Não as trocava nem por nada. Adoro vê-las chegar, trazem sempre uma dor por cuidar. Gosto especialmente das Pessoas quando ainda são pequeninas, as que dizem tudo quando ainda nem sabem falar. Respeito profundamente as Pessoas jovens na sua busca de um lugar. Reconheço-me nas Pessoas grandes, que escolhem sempre onde se querem sentar. Deixo-me levar pelas Pessoas maiores na sua arte de contar. E foi assim que encontrei na Psicologia a roupa que melhor me servia. Um espaço onde a cada encontro há magia. Onde reparei que nunca me aborrecia. Movida pela paixão do teatro encontrei nas Pessoas a matéria prima de uma arte viva designada psicoterapia. Foram vários os contextos que me acolherem e onde me fiz também eu pessoa. Nas clínicas fui sala de espera, nas escolas fui recreio, nos projetos comunitários fui passeio, nos hospitais fui devaneio. Em todos os recantos fui jardineiro. Tirei ervas daninhas, adubei terras, reguei sempre, mesmo em dias de nevoeiro.

Gosto de Pessoas, sempre gostei. Das que ficam quietas no canto da sala, das que ocupam o espaço todo, que ninguém cala. Das que sorriem de boca cheia e das que choram a cada cotovelada. Das que ficam na festa até ao fim, das que saem antes sorrateiras pela calada. São fascinantes, seres cambiantes. Não as trocava nem por nada. Adoro vê-las chegar, trazem sempre uma dor por cuidar. Gosto especialmente das Pessoas quando ainda são pequeninas, as que dizem tudo quando ainda nem sabem falar. Respeito profundamente as Pessoas jovens na sua busca de um lugar. Reconheço-me nas Pessoas grandes, que escolhem sempre onde se querem sentar. Deixo-me levar pelas Pessoas maiores na sua arte de contar. E foi assim que encontrei na Psicologia a roupa que melhor me servia. Um espaço onde a cada encontro há magia. Onde reparei que nunca me aborrecia. Movida pela paixão do teatro encontrei nas Pessoas a matéria prima de uma arte viva designada psicoterapia. Foram vários os contextos que me acolherem e onde me fiz também eu pessoa. Nas clínicas fui sala de espera, nas escolas fui recreio, nos projetos comunitários fui passeio, nos hospitais fui devaneio. Em todos os recantos fui jardineiro. Tirei ervas daninhas, adubei terras, reguei sempre, mesmo em dias de nevoeiro.